quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Ouça: Nora Ney em “Solidão” (a do Tom)



Rainha da fossa. Esse é a principal definição dada a Nora Ney (1922-2003). Sua voz grave ajudava esfumaçar ainda mais as letras dos sambas-canções e o ambiente das boates da zona sul carioca. Nascida Iracema, Nora começou a cantar na década de 50, no rádio. Imortalizou canções como Menino Grande (Antonio Maria), De cigarro em cigarro (Luiz Bonfá), Preconceito (Antonio Maria e Fernando Lobo) e o clássico-gilete no pulso Ninguém me ama, que garantiu a ela o primeiro Disco de Ouro da indústria fonográfica brasileira.

A canção Solidão sugerida neste post – Nora gravou também outra Solidão, composta por Dolores Duran – foi gravada pela cantora em 1954. Trata-se de uma das primeiras composições de Tom Jobim. O maestro a assina com Alcides Fernandes, compositor de sambas.

Solidão é bastante conhecida na versão de Caetano Veloso e de Gal Costa, que a gravou especialmente para a trilha da novela O dono do mundo (1991).