Rainha da fossa. Esse é a principal definição dada a Nora
Ney (1922-2003). Sua voz grave ajudava esfumaçar ainda mais as letras dos
sambas-canções e o ambiente das boates da zona sul carioca. Nascida Iracema,
Nora começou a cantar na década de 50, no rádio. Imortalizou canções como
Menino Grande (Antonio Maria), De cigarro em cigarro (Luiz Bonfá), Preconceito
(Antonio Maria e Fernando Lobo) e o clássico-gilete no pulso Ninguém me ama,
que garantiu a ela o primeiro Disco de Ouro da indústria fonográfica
brasileira.
A canção Solidão sugerida neste post – Nora gravou também
outra Solidão, composta por Dolores Duran – foi gravada pela cantora em 1954. Trata-se
de uma das primeiras composições de Tom Jobim. O maestro a assina com Alcides
Fernandes, compositor de sambas.
Solidão é bastante conhecida na versão de Caetano Veloso e
de Gal Costa, que a gravou especialmente para a trilha da novela O dono do
mundo (1991).
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